30/11/09

Tom Jones. 1968. Delilah. 2001


E amanhã é o 1º de Dezembro. O Dia da Restauração.

29/11/09

Gigliola Cinquetti. 1964. Non Ho L'eta. 2005.

Música dominical. Regresso ao passado.

27/11/09

O jornalismo de investigação é muito caro e as empregadas de limpeza dos Tribunais são mais baratas

Alguém, que até sabe do que fala, me disse aqui atrasado que em Portugal não havia jornalismo de investigação. É muito caro. É mais simples ( e mais barato ) os jornalistas estarem sentados nas redacções à espera de telefonemas.
E o tal jornalismo é caro porquê ?
Porque o jornalista que investiga tem que se dedicar a sério ao assunto a investigar. Tem de lhe dedicar tempo. Entrevistar pessoas. Compilar documentos. Verificar a credibilidade das fontes, etc. Por (e para) isso tem de ser bem pago. Os nossos capitalistas sempre foram uns unhas de fome.
Porque o que é publicado tem de ter credibilidade e ser fundamentado. Pois se o visado ( ou visados ) pela investigação decide(m) levar o jornal ( ou rádio ou TV ) a tribunal , o proprietário do jornal corre o risco de pagar fortunas se a decisão lhe é desfavorável. Veja-se o caso do grupo Murdoch que, em Inglaterra, para evitar ir à barra dos tribunais tem pago, em acordos extra judiciais, milhões aos investigados. Geralmente por difamação e calúnia.
Por isso, cá em Portugal, recorre-se a um método aparentemente barato, ou como diria o digníssimo Prof. Hernâni Lopes à chico-espertice ( será com x ? ), que é os jornais publicarem o que os agentes de justiça ( PJ, MP, Funcionários Judiciais, Juizes, advogados e parece que até as empregadas da limpeza dos tribunais que coitadas foram promovidas por alguns juizes mas não lhe aumentaram o salário ) bufam aos jornalistas.
A partir daí o jornalista tenta construir uma história. Sei que há músicas para piano tocadas a 4 mãos. Que eu saiba nunca uma centopeia escreveu um romance. Pelo menos com êxito.
Assim sendo não deixa de ser curioso que , cá no burgo, não haja concorrência entre jornais ou rádios e TV's nos ditos casos. Todos publicam tudo e de todos. Citam-se uns aos outro dizendo o mesmo centenas de vezes. E algumas vezes têm a lata de dizer que é um seu exclusivo. Passados minutos ouço ou leio a concorrência dizer o mesmo também em exclusivo. Passados umas semanas o que temos não é história nenhuma mas um emaranhado de peças soltas que cumpriram o seu objectivo : lançar a suspeição sobre alguém que judicialmente não está envolvido no caso.
Se a investigação fosse jornalística isso aconteceria ? Pelo que observo em Inglaterra, duvido. As investigações do News of the World ( p.ex. ) são desse jornal. Com os seus meios. Com os seus jornalistas. Os outros jornais quando se referem ao assunto investigado citam o News of The World e dizem que é uma investigação desse jornal.
Ainda bem que existe jornalismo de investigação.
Mas não me venham dizer que essa actividade existe em Portugal.

25/11/09

Regresso à Coimbra dos futricas

Com a morte do Isabelinha, " um homem bom" como diz o FNV (clicar), regresso por instantes a Coimbra.
Cidade onde nasceram e estudaram os meus pais. Cidade que visitei com regularidade na década de 60 e no início da década de 70, do século passado. Porque a minha mãe ainda lá tinha família. Quase sempre nas férias escolares. No Natal, na Páscoa e no Verão.
Além de coimbrão o meu pai era academista. Ferrenho. Lembro-me de mencionar o Isabelinha, mais velho 7 anos que o meu pai. Contou-me as histórias do velho Campo de Santa Cruz e da rivalidade da Académica com o União de Coimbra. O clube dos Futricas e não resisiti ir repescar esta passagem do livro "Football para o Serão", de Armando Sampaio :
" Antigamente o académico era boémio por tradição, fazendo gala em consumir o tempo na estúrdia. Arruinava a saúde nas tabernas que freqüentava até noite alta e perdia-se em conflitos perniciosos com os futricas (1).
Ainda são do meu tempo as brigas à paulada nas ruas escuras da Baixa e a selvajaria de andar de noite aos gatos! " ( páginas 21 e 22 ).

(1) Êste têrmo Futrica emprego-o por ser uma expressão que vem de longa data e que serve para designar os indivíduos não estudantes. Mas nem por sombras traduz menos consideração por aqueles que não tiveram o privilégio de estudar, e entre os quais conto amizades e simpatias. De resto, hoje como ontem, as coisas são assim : Só se ofende quando há o intuito de ofender.

O livro foi publicado em 1944, mas a passagem que cito refere-se a 1923.
Armando Sampaio chegou a Coimbra em 1925. Foi jogador da Académica no final da década de 20 e início da de 30. Se bem que mais velho do que o Isabelinha , jogou com ele algumas épocas. Foi também dirigente e é considerado um dos fundadores da Briosa ( ver livro "A Académica" das Edições ASA ). Também foi médico como o Isabelinha.
O livro "Football para o Serão" tem o sub-título "Recordações e Reflexões de um Velho Académico". Aqui fica a capa

Pode ser que, um dia destes, volte ao livro e a algumas das histórias contadas por Armando Sampaio.

Matemática poética

Quem 60 ao teu lado e 70 por ti,
vai certamente rezar 1/3
para arranjar 1/2

de te levar para 1/4
e ter a coragem de te dizer:
20 comer!!!

de um mail enviado pelo Nuno F.

23/11/09

Ouvido em noticiários televisivos ( nalguns )

Jorge Coelho = presidente da Mota Engil e ex-ministro socialista.
Armando Vara = ex-ministro socialista e amigo de José Sócrtaes.
Arlindo de Carvalho = ex-ministro.
Dias Loureiro = ex-ministro.

O fascínio por "novos" vocábulos : tentacular

E de repente descobrimos o tentáculo.
Não o do polvo que tem oito, daí pertencer à ordem Octopoda, que significa "oito pés ". E que em arroz é uma delícia. Ou suado. E em filetes também marcha. Coitado. Do polvo.
Mas o da rede.
Poucos jornalistas deviam conhecer tão simpático molusco. Agora não há nenhum que não se refira à "rede tentacular" quando, à porta do Tribunal de Aveiro, relata a sessão do dia do caso "Face Oculta ". Designação que revela grandes conhecimentos zoológicos por parte da PJ e do M.P., já que o polvo quando é atacado lança uma nuvem de tinta preta capaz de enganar os predadores que o preferem comer cru. E sempre com ar de lascívia, os jornalistas que não os predadores.
Pena a capital do polvo ser Santa Luzia, a simpática vila algarvia , senão ainda iam lá jantar um polvo. Recomendo a "Casa do Polvo". Não confundir com a Casa do Povo, que ainda existe apesar do 25 de Abril ter sido há 34 anos.
Quem lá não pode ir é o Dr. Oliveira e Costa. O Juiz confirmou hoje que se mantém em prisão domiciliária. E sózinho. Também já deve estar habituado. Já que pelos vistos, e de acordo com a PJ e o Ministério Público, no caso BPN não havia moluscos tentaculares mas apenas um homem. Só e possivelmente genial. Enganou tudo e todos. Desde um Conselheiro de Estado a um Presidente da República passando pelos membros dos Conselhos de Administração do BPN. Merece o nosso respeito.

22/11/09

A rapidez de 2 sportinguistas ilustres

Já desconfiava. Mas hoje confirmei. Os ilustres sportinguistas :
José Carlos Guinote (clicar) e Tomás Vasques (clicar) assistem a todos jogos do BENFICA e quando este perde postam na meia hora seguinte ao fim do jogo. Mais rápidos que a própria sombra.
E confirmam a minha teoria de que se não fosse o BENFICA não existiam ( futebolisticamente falando ).
Um abraço aos dois.

21/11/09

Quadro de Luis Dourdil e balança


Quadro da série "3ª idade".
Foto de C.

20/11/09

Moscas


Leitoras do meu blogue. Duas amigas.
As do campo são menos chatas que as da cidade
Com e sem flash.

19/11/09

Quando uma capa ajuda a comprar um livro

Gosto de Orhan Pamuk. Do personagem e dos livros. Pelo menos dos que já li : "Os Jardins da Memória", " A Cidade Branca", "Snow" e "Outras Cores". Sabia que já tinha sido editada a sua última novela "The Museum of Innocence". Li , sobre ela, artigos em dois ou três jornais. Estava comprador. Quando vi a capa do livro

não hesitei. Comprei logo e foram só 12,75 €.

Foi no dia 17 de Novembro. Dia de descida à cidade. Por razões de amizade fui à FNAC do Chiado assistir ao lançamento do livro do Francisco Teixeira da Mota. Chama-se "Faça-se Justiça !", da Oficina do Livro. Compilação de algumas das suas crónicas publicadas no "Público" entre 1995 e 2009.

Para rentabilizar a deslocação à capital ainda comprei :


do Hayek, para poder argumentar com o Luis F. e a minha filha Matilde.

Camus visto por Jean Daniel. Vale a pena de certeza.
E ainda a agenda de bolso para 2010. Uma Moleskine. Capa mole , modelo "Weekly Notebook Diary", ou seja numa página os dias todos da semana e a contígua é uma página pautada para notas. É o modelo que me habituei vai para 3 anos. É prático. Recomendo.
O dia terminou com um jantar na "Brasserie de l'Entrecote". Com o Francsico, família e amigos que já não via há uns tempos. Eramos quinze. Cheguei a casa, no Alentejo, já no dia 18, e conclui que tinha sido um dia bem passado.

18/11/09

2 x ( offside + mão na bola ) = golo da França e a República da Irlanda eliminada


...e tudo num só lance ! Amazing.
A República da Irlanda e Giovanni Trapattoni não mereciam isto.

15/11/09

Maravilhas do século XXI : as escutas telefónicas

Desde 1974, saltando o PREC ( Processo Revolucinário em Curso ) , se a memória não me falha, tivemos como 1º Ministro : Mário Soares ( em dois períodos distintos ), Alfredo Nobre da Costa, Mota Pinto, Maria de Lurdes Pintassilgo ( estes três de nomeação presidencial e por poucos meses cada um ), Sá Carneiro, Freitas do Amaral (interino), Pinto Balsemão, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e José Sócrates.
Foi preciso chegar ao século XXI e aos prodígios das "novas" tecnologias ( escutas telefónicas legais e ilegais ) para sabermos que um 1º Ministro fala com amigos sobre temas "quentes", nomeadamente sobre quem é quem ( ou quem devia ser quem ) nos orgãos de comunicação social.
Consta que a Maitê disse que somos um país de burros. Eu digo que somos um país de ingénuos, com excepção do Sr. João Palma e não estou a insinuar que esteja na 1ª categoria.
Ou como diria outro brasileiro, o Jô Soares, " tem pai que é cego."

13/11/09

Investigation journalism, what the fuck ! ( pardon my french )

Nos "Jornal de 6ª " ( Boa noite eu sou a Manuela Moura Guedes ) , na TVI, o que mais me comovia era ver aquela jovem jornalista nas ruas de Londres dizer, com ar convicto, que de " acordo com as autoridades inglesas José Sócrates era suspeito ( arguido é palavra que não existe na lingua de sua Majestade ), bla, bla..." .
E isto durante meses. E sempre com ar convicto.
Para os meus botões eu pensava : " Esta jovem promete. Vai longe. Até consegue que as autoridades inglesas violem o segredo de justiça. Afinal não é só em Portugal."
Agora que as autoridades inglesas arquivaram o processo Freeport tenho a certeza que a dita jovem será promovida. Bem vistas as coisas fez o que os patrões lhe pediram para fazer.
Disse jornalismo de investigação ??!!

12/11/09

O meu quintal cheirava a merda.

Já há uns dias. Resolvi acabar com o fedor.
Ontem veio um tractor com um tanque. Abri a fossa séptica. Com a ajuda da bomba do tanque esvaziámos a fossa. Abri as torneiras de casa. A água não chegava à fossa...e continuava a cheirar a merda. Localizámos uma das caixas de passagem. Abrimos a tampa. Escorreu merda por todo o lado.
O tractor deslocou-se uns metros e aspirou agora a caixa de passagem. Abri novamente as torneiras de casa. A água já chegava à fossa séptica, mas ao fim de pouco tempo...nada. A tubagem da caixa para a fossa estava entupida. Lá se ligou novamente a bomba do tanque e aspirou-se novamente. Situação desbloqueada. O tractor com o tanque foi-se embora. Pudera, estava a pagá-lo à hora. Há que rentabilizar os meios.
Fui comprar líquidos ( ou seja ácidos ) desentupidores. Deitei-os nas canalizações de casa. Ao fim de meia hora, liguei a água quente durante 10 minutos. Gosto de seguir as instruções de utilização. A água chegava à fossa passando , já límpida, pela caixa.
Decidi que hoje teria de continuar, apesar de já não cheirar a merda. Cobri a caixa de passagem com um plástico, não fosse, durante a noite, alguma toupeira ( por aqui elas existem ) ou alguma ratazana procurar o conforto de um cano mais quente, se bem que a cheirar a merda. Mas as ratazanas não se importam.
Hoje o trabalho foi mais limpo. Umas mangueiradas para libertar a tubagem de esgoto de algum detrito. Não satisfeito ainda fui comprar 30 metros de arame para ajudar a desbloquear qualquer entupimento. Como a drogaria cá da aldeia só recebe amanhã ( 6ª feira ) um produto mágico ( um ácido, ou pensavam que era água de rosas ? ) que não necessita de água quente para actuar, o trabalho continua amanhã. Como é óbvio voltei a cobrir a caixa de passagem. As toupeiras e ratazanas continuam por aí, à espera que eu me distraia.
Como vêem um verdadeiro trabalho de merda ( ou com merda ? ). Mas está a resultar. Bastou ter o equipamento adequado, seguir as instruções e pôr as mãos na merda.
Mas que raio, eu queria era escrever um post sobre a justiça em Portugal.

11/11/09

Mercedes ocultos

No início mediático do processo "Face Oculta", o Sr. Godinho oferecia Mercedes ( quase todos do modelo CLK ) aos corruptos. A crer nos jornalistas.
Desde ontem que ouço os jornalistas dizerem que ofereceu " carros de alta cilindrada."
Será que a Mercedes ofereceu CLK's aos jornalistas ?

10/11/09

Figurinhas justiceiras

Sempre me fez alguma confusão os Procuradores Gerais da República, não só o actual, falarem para a comunicação social ( e como tal para os cidadãos ) em vãos de escada, à saída de reuniões, a sairem de casa a correr, etc. E a falarem sobre tudo e sobre nada. Quando é sobre nada , vá que não vá. O mesmo diria do Presidente do Supremo Tribunal.
Há dias que se fala em certidões autónomas do processo "Face Oculta" que envolvem escutas onde um dos escutados é o 1º Ministro. Desde aí tem sido um verdadeiro espectáculo hard core ou pior.
Hoje, diz a SIC, o Presidente do Supremo considerou as escutas nulas. Mas logo a seguir ouço o mesmo dizer que "o Procurador Geral é que se deve pronunciar sobre o tema."
Afinal em que ficamos, Sr. Presidente do Supremo e Sr. Procurador Geral ?
Não compreendem que têm que falar de uma forma clara ? Não compreendem que um dos visados é o 1º Ministro de Portugal ?
Quem é o responsável por comunicar ao país se as escutas são ou não válidas ?
Quando o decidirem, só peço a V.Exas um favor : façam a comunicação de um forma digna e não num vão de escada de um qualquer prédio manhoso.

Ainda o M.E.S. : o 3º Congresso. Fotos

11 de Fevereiro de 1978. 3º Congresso do Movimento de Esquerda Socialista ( M.E.S.). Na Voz do Operário, em Lisboa. Um belo espaço.
3 anos antes do fim. A fase marxista-leninista. Assumida. Mais uma vez fotógrafo acidental. A mesma Asahi Pentax, prenda recente do meu irmão mais velho. Os negativos estiveram na gaveta quase 30 anos. Cheios de humidade, apesar dos cuidados. O preto e branco e a humidade fazem-nos regressar a outros tempos que não 1978. Ainda haveria um IV Congresso, em 8 de Julho de 1979, na Faculdade de Letras, em Lisboa. A unidade, desejada em 1978, não se conseguiria. Em 1981 o fim. Não desejado e não assumido por alguns. Uma história que outros, que não um mero militante de base, deveriam contar. Fico à espera.

07/11/09

Há 28 anos o 7 de Novembro também foi um sábado



















Não sei porque razão mas fui o cobrador de serviço. Com a ajuda do Zé Catela. Contas são contas e o jantar era pago.
Foi num sábado. 7 de Novembro de 1981. Tinhamos decidido acabar com o Movimento de Esquerda Socialista ( M.E.S.). Nada melhor que um jantar para o fazer. Foi no restaurante do Mercado do Povo, em Lisboa. Que já não existe. Destinos. Sem simbolos nem cartazes, jantámos. Discursos, que me lembre, foram dois. O do Eduardo Graça (clicar) e o do Vitor Wengorovius. Que já nos deixou. Assim como o César Oliveira, o Afonso Barros, o Agostinho Roseta, o Zé Trigo, o João Esteves ( o "Tolas" ),o Manuel Lopes, o António Pidwell, o Maurício Levy. São muitos e partiram permaturamente.
Com a minha Asahi Pentax MX entretive-me a tirar fotos. Sem qualquer propósito arquivístico.
Apenas "for the fun". E a preto e branco, com um flash manhoso e emprestado. Durante anos ficaram só em provas de contacto. Ninguém sonhava com as máquinas digitais. Numa gaveta do meu escritório. Há 2 ou 3 anos o Eduardo Graça publicou no seu blogue ( Absorto ) várias destas fotos. Acompanhadas de belos textos. Evocando ou situações ou personagens.
Hoje, passados 28 anos, lembrei-me de publicar , em "prova de contacto", 35 dessas fotos. Tal como foram digitalizads. Sem qualquer tratamento.
E apenas, mais uma vez, for the fun of it. Porque não ? Foi um bom jantar e uma boa decisão. A de matar o MES.
Nota : para ampliar clicar em cada foto.

06/11/09

Revolucionários ou ex. Humor ou falta dele.

Ontem , no debate parlamentar, José Sócrates a uma interpelação de José Pacheco Pereira, respondeu : " Uma vez revolucionário, revolucionário toda a vida. De defensor da classe operária, passou a defensor da classe dirigente ". Foi o que eu ouvi. Outros terão ouvido "...da classe dirigente política." Um detalhe.
O que o homem foi dizer. Arrogante. Insultuoso. Piadolas de mau gosto, etc. Gritaram alguns na blogoesfera. Estas reacções vindas de alguns não me espantam. Já me surpreende que
o Rui Bebiano (clicar) e a Joana Lopes (clicar) tenham alinhado no coro.
Francamente. Vivemos em democracia. Já assisti a insultos no parlamento. Até já vi um ministro fazer de diabinho, qual actor candidato a um Oscar. Aplaudi de pé. O humor faz falta à democracia. Dir-me-ão que foi humor de má qualidade e que o Parlamento não é o local adequado para fazer humor. Tudo bem. Não me ofendo.
Gostos não se discutem. Há quem considere o Jerry Lewis um humorista de 2ª. Eu não.
Mas nas democracias pode-se fazer humor. Felizmente.
Já o mesmo não se poderá dizer da ex-URSS, ou dos ex-países do Bloco de Leste, ou de Cuba , ou da Coreia do Norte, etc. Os humoristas tinham ou têm lugar garantido na prisão ou então contavam ou contam anedotas clandestinas.
Eu achei piada à resposta de José Sócrates. Pelo trocadilho. E Pacheco Pereira também. Bastou ver o seu sorriso amarelo.
Sintam-se à vontade para encherem a caixa de alucinações com piadas.

Agitação político-desportiva

Paulo Bento demitiu-se.
Vai substituir a Dra. Manuela Ferreira Leite no Parlamento, que por sua vez vai para treinadora do Sporting a convite do irmão, o Dr. Dias Ferreira.
Manuela Ferreira Leite leva Pacheco Pereira como adjunto.
Pedro Barbosa ocupará o seu lugar no parlamento.
Ganha o PSD perde o Sportém, como diria o Sousa Cintra.
Adenda de última hora ( 14h 20m ): Cavaco Silva aproveitou a boleia e despachou Fernando Lima, que passa a consultor para a comunicação da SAD do Sporting.

05/11/09

As Estatísticas

valem o que valem. Podem ser lidas, politicamente, conforme as conveniências. Mas são feitas com trabalho e têm um método que as suportam. E sem números não viveriamos.
Valorizar ou desvalorizar as estatísticas ainda aceito.
Substitui-las por aquilo que ouço no café do meu bairro ou no autocarro é que me parece ridículo.
O P.C.P. e o B.E. vão de autocarro para o café. E na viagem lêem horóscopos.

01/11/09

" Não quero que isto seja um programa sobre mim."

disse hoje o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa no monólogo que mantém, há anos, com Maria Flor Pedroso na RTP1.
E, espanto dos espantos, o nariz não lhe cresceu.
Ele é Conselheiro de Estado e manda bitaiques sobre o Presidente Cavaco e aconselha-o em directo. Deve ser porque nunca há reuniões do Conselho
Ele é membro do PSD e manda bitaiques sobre o PSD e aproveita para fazer, em directo na televisão, campanhas por quem muito bem entende...mas critica as facções e diz que não gosta de boxe.
Ele é membro de uma qualquer Assembleia Municipal, lá para o norte, e fala bem da terra.
Ele é sócio do Sporting de Braga, porque o pai não quis ser, e toca de fazer campanha pelo clube.
Ele é professor de direito e também fazedor de opinião.
Ele é o homem dos sete ofícios. Um verdadeiro artista português.
E consta que já na 2ª classe da primária, no "Lar da Criança", denunciava à professora os colegas que copiavam.

DEMITO-ME

Tão simples. Ou antes parece. O meu pai sempre me ensinou que, em certas situações, a demissão é sempre uma alternativa.
Eu até já o fiz várias vezes. Quando mudei de emprego, em seis ocasiões. Ia para melhor. Por mútuo acordo. Civilizadamente. Mas só uma vez o fiz por estar em desacordo com o meu chefe directo. Mas preferi assim do que estar envolvido em situações pouco claras. Depois dediquei-me ao meu próprio negócio. Fiquei farto de trabalhar para terceiros e aturar chefias. Um risco, à época. Mas não gosto de situações pouco claras. Já passaram 11 anos. Não estou rico, mas ainda estou vivo e divirto-me.
Nunca estive envolvido em situações com a justiça e por isso é díficil vestir a pele dos outros quando a dita justiça nos constitui arguidos.
Mesmo nessa ignorância, se estivesse na posição de Armando Vara e José Penedos demitia-me.
Mas também exigia rapidez à justiça. À PJ, ao Ministério Páublico e aos Tribunais para que o julgamento não se iniciasse daqui a anos.
No fim, se os Tribunais decidissem pela minha inocência pediria a respectiva indemnização a quem de direito.
Talvez a justiça começasse a funcionar melhor e mais depressa.